Queria que o tempo parasse..

Por Lidiane Ferreira

Seis horas. Foi mais ou menos esse o tempo em que estive no local de oração do 24-7. E posso dizer uma coisa com muita convicção: Foi muito pouco tempo! Ah, aquelas duas manhãs de terça e quarta poderiam ter durado muito, muito, infinitamente mais...

Eu realmente precisava de um tempo à sós com Deus. Ao mesmo tempo, estava com pouca motivação para participar desse momento de oração. Contudo, Deus é tão maravilhoso que, mesmo eu ainda desmotivada, me levou para lá e, estando ali, falou tanto ao meu coração que até eu me esquecia da hora de sair!

No primeiro dia, cheguei e pude ver e participar de um momento muito bonito: pessoas clamando e se derramando diante do Pai. E o ambiente tão aconchegante, tão acolhedor, eu sentia intensamente a presença de Deus ali. Trânsito, barulho, pessoas agitadas... Não! Simplesmente a voz de alguém orando ou o som de um lindo louvor era o que se escutava ali.

Me expressar fazendo um pequeno cartaz, utilizando textos e desenhos... tão bom! E ser abençoada com recados de irmãos em Cristo, presos em um varal, foi muito edificante também. Escrever e ler no “caderno de retalhos”... O Senhor ministrando ao meu coração a todo o instante, um texto bíblico, um verso de uma canção.

Era meu momento a sós com o Senhor, mas ao mesmo tempo era o tempo de eu me preocupar com os outros, de orar pela igreja perseguida e conhecer seus desafios através de revistas, ler e orar por cada pedido de oração feito naquele mural ou simplesmente chamar dois irmãos para orar e perguntar seus pedidos. Meus problemas, minhas dúvidas e temores se tornaram insignificantes diante de um Deus tão grandioso que quer que eu o ame e que ame ao meu próximo.

Deus é fiel, na terça, com Salmos 23. Precisamos ser fiéis a Deus, na quarta, com II Crônicas 7:14. E cada momento ali parecia único. Eu podia sentir o afago do Senhor. A eternidade ao lado dEle deve ser infinitamente melhor.

Agradeço a Deus por esta oportunidade e não quero nunca perder de vista essa intimidade e comunhão com Ele. É como diz aquela música, inspirada num versículo do livro de Jó: “Antes eu te conhecia só de ouvir falar, mas agora os meus olhos podem te ver...”